terça-feira, 7 de junho de 2011

E quando os engenheiros erram?



A localização é a cidade de Tacoma, Washington, Estados Unidos. A data, é 1 de julho de 1940. O evento, é a inauguração da Tacoma Narrows Bridge, uma ponte suspensa (ou ponte pênsil) que ligava dois extremos do Estreito de Tacoma. Uma contrução magnífica, devo dizer.
Não existiu sequer um cidadão que não tenha maravilhado-se com a construção. Robusta e notável. Belíssima em seus formatos modernos para a época. Washington tinha muitos motivos para comemorar, mas... era visível, que na presença de ventos, a ponte balançava.
Ignorou-se tal fato. Afinal de contas, é normal as pontes balançarem. E de fato é... até certo ponto. Passaram-se dias, semanas, meses e agora a data é 7 de Novembro do mesmo ano, 1940. Fortes ventos assolam o oeste dos Estados Unidos na madruga deste dia. E como já esperado, a ponte balança ao sabor destes ventos. Porém, a amplitude de suas oscilações fizeram com que um carro perdesse o controle de sua direção, e por muito pouco, não provocou um acidente mais grave. Algo está errado.

A velocidade média dos vento é 70km/h e a polícia fecha o tráfego na ponte. Pela manhã, às 9h30min a ponte oscila em 8 ou 9 de seus segmentos com amplitudes de 0,9m numa assustadora frequência de 36 ciclos por minuto. Às 10h00min, após o afrouxamento da ligação de um dos cabos de suspensão, a ponte entra num modo de vibração torcional a 14 ciclos por minuto, instaurando um espetáculo que poderia ser chamado "Prelúdio da Destruição". Como todo espetáculo, é claro que tinha uma platéia. A partir daí, o tão esperado desfecho acontece às 11h10min. Tacoma Narrows Bridge é bem menos que um monte de sucata e lembranças de erros de cálculo, que só não foram mais catastróficos, pois não houveram corpos em meio aos escombros.



Acho que estou me superando nas narrativas (ou talvez não...). Não sei se vocês já ouviram essa historinha. A primeira vez que a ouvi, estava no primeiro semestre do curso de física (não estou muito longe disso, hoje...Brincadeirinha! ou talvez não! =´/). Fiquei no mínimo impressionado enquanto o meu professor falava do ocorrido. Mas minha empolgação veio com força, quando ele explicou o fenômeno. Que é exatamente o que eu deveria estar fazendo agora!
Pois bem, não sei se os senhores já ouviram falar de um fenômeno chamado ressonância?

É mais ou menos assim: Todo corpo, com sua composição e formato, possui a chamada frequência de ressonância (com acento circunflexo no a pois acaba em ditongo, ou é proparoxítona. Já percebeu que a palavra proparoxítona é proparoxítona??? #ConspiraçãoFeelings O_o). De forma grosseira, podemos definir a frequência de ressonância como a frequência que o sistema "gosta" de vibrar. Se aplicarmos oscilações nesse sistema, com uma frequência próxima da de ressonância, perceberemos que o sistema corresponderá à esses estímulos, aumentando a amplitude dessas oscilações. Nessas frequências, até mesmo forças periódicas de baixa intensidade, são capazes de gerar vibrações de graaaande amplitude, pois a energia se conserva. Se você já foi em um show, ou rave, ou algum evento com uma caixa de subwoofer muito potente. Deve ter sentido, em alguns momentos que sua barriga estava "tremendo" de uma forma no mínimo peculiar... não?

Existe um mito, de uma arma do exército, que utilizava sons numa frequência beeeem grave, mas com uma intensidade elevadíssima. Tais sons entravam em ressonância com o seu interstino e provocavam incontinência intestinal, se é que você me entende...(o nome frequência marrom me parece adequado nessas circunstâncias. Felizmente, não passa de um mito.
Voltemos ao assunto em questão. O que rolou, foi que os fortes ventos fizeram com que a ponte entrasse em ressonância, e quaisquer interações periódicas com a mesma, eram intensificadas absurdamente. Todo material tem uma resistência particular que depende do formato, da composição, e das interações com o sistema em que está inserido. Obviamente nossa saudosa ponte, projetada por infelizes engenheiros (que muito provavelmente faltaram à essa

aula de física), foi muito além do que sua estrutura podia aguentar, colapsando em algumas horas após atingida a frequência de ressonância. Entendeu? Não??? Então leia de novo até entender! (#trollFace)
Existem ainda, boatos de que muitas outras pontes já colapsaram por conta disso. Uma bastante interessante conta que um batalhão do exército estava marchando sobre a ponte, e os passos ritmados de sua marcha fizeram com que a estrutura da ponte entrasse em ressonância...

Honestamente nunca pesquisei nada a respeito...só ouvi falar por alto!
O lance de quebrar taças com a voz tbm é um exemplo de ressonância! (Vejam a elasticidade da cavidade oral de uma de nossas leitoras! Claro que isso não tem nada a ver com ressonância, mas você pode deixar a imaginação fluir ;) ...)



Segue abaixo o vídeo da Tacoma Bridge colapsando!!!!




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Até o próximo!

6 comentários:

  1. Caraca!
    Que louco esse vídeo!
    Se eu não tivesse lido a história da ponte, diria que é mentira.

    Muito doido!

    Beijos meninos.

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  2. pow vídeo doido mesmo...adorei o blog( e olha que nem gosto de ler,rs)

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  3. Fica com a gente que tem mais coisa por vir!
    (frase tosca)
    auhsauhsuahs

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  4. Nem é tão engraçado zoar mais quando os físicos erram, ou devo lembrar que até menos de 100 anos atrás nego jurava de pés juntos que o universo era imerso no éter? U.U

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  5. Pelo menos os erros dos físicos não destroem pontes...
    kkkkkk

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  6. Não queria estar na pele do pobre coitado do motorista daquele carro...
    rs
    Oo

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